Início CEFE no Exterior O MEIO PRÁTICO PARA AMAR

O MEIO PRÁTICO PARA AMAR

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Vivemos momentos de violência cotidiana, em quase todos os países e culturas. Na época de Jesus de Nazaré, na antiga Palestina dominada pelos romanos conquistadores e fariseus detentores do poder religioso, não era diferente. O ódio de casta campeava solto, o preconceito dominava as relações humanas. As sociedades eram constituídas por guerreiros dominadores, pelas classes dominantes e por uma imensa quantidade de escravos capturados nas guerras de conquista.

Atualmente, o palco é o mesmo, os personagens encenam os mesmos papéis, embora o script pudesse ser reescrito. As reencarnações se sucedem, mas se a história se repete, é porque a consciência humana permanece congelada num passado de disputas, dores, aflições, sede por poder.

Jesus, o grande renovador de consciências, curava perdoando, mas alertava, “vá e não peques mais, para que não te ocorra coisa pior”. Certamente não havia ameaças nessas afirmações, mas sim, alertas quanto à responsabilidade pelos próprios atos que cabia a cada um observar.

Seus ensinamentos permanecem vivos na alma e no pensamento de todos os que o seguiram ao longo dos séculos, servindo como exemplo e luz na imensa escuridão que invade o nosso tempo.

As palavras do Mestre foram proferidas para a eternidade, e nós, que vivemos para a imortalidade, ainda não conseguimos apreendê-las e vivê-las em plenitude. As recomendações proferidas nas Bem-aventuranças permanecem no inconsciente coletivo do ocidente e tem repercutido no oriente como sinais de Paz e concórdia, embora as ações humanas pareçam contradizê-las.

Por recusar-se ao perdão, o homem guerreia; por recusar-se à misericórdia, sofre de ausência de empatia; por recusar-se a se amar, o homem odeia ao próximo no qual projeta as próprias mazelas. Por abdicar de conhecer-se em profundidade, inveja, calunia e destrói reputações.

Os ensinamentos de Jesus são simples, pois seu jugo é suave e seu fardo é leve, muito mais leve do que esses sentimentos menores que o homem teima em cultivar há séculos, como numa atitude patológica contra si mesmo e contra o seu semelhante. Bastaria segui-los.

Sonia Theodoro da Silva

Filósofa e espírita .

(Publicado em The Journal of Psychological Studies, London, England)

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