Início Pesquisadores CEFE O TEÍSMO INCONSCIENTE DE UM PENSADOR EXISTENCIALISTA – Albert Camus

O TEÍSMO INCONSCIENTE DE UM PENSADOR EXISTENCIALISTA – Albert Camus

1978
0

O TEÍSMO INCONSCIENTE DE UM PENSADOR EXISTENCIALISTA

Albert Camus – intérprete da esperança humana.

                         “O médico abriu a janela e o ruído da cidade cresceu de repente. De uma oficina vizinha chegava o silvo breve e repetido de uma serra mecânica. Rieux despertou. Aí estava à certeza, no trabalho de todos os dias. O resto prendia-se a fios, a movimentos insignificantes, não se podia perder tempo com isto. O essencial era cumprir o seu dever.”[1]

 Este trabalho, conforme o próprio título já traduz, buscará ressaltar alguns pontos do pensamento de Albert Camus e algumas passagens de sua vida, que o aproxima de um dos preceitos cristãos mais importantes e que dignificam o ser humano, que é a caridade, realizada através da solidariedade permeada na relação entre os homens.

Cumpre-nos, primeiramente, falar um pouco sobre este magistral pensador do Século XX, mais comumente conhecido como um dos integrantes do séquito de pensadores existencialistas liderados por Jean Paul Sartre, mas que na sua essência, muito se distanciou deste.

Depreendem-se dos seus escritos um humanismo, que vai além da mera concepção filosófica e moral que alça o homem simplesmente a uma categoria máxima em termos de grandeza universal, mas o coloca como protagonista da única opção para se transcender aos caos existencial em que se depara a humanidade em que está inserido.

A vertente de pensadores existencialistas do século XX nos legou toda a gama de pensamentos que pretenderam explicar o homem no universo, do ponto de vista da sua existência, cunhando diversas linhas de pensamentos, que acabaram por reforçar a primazia da existência do homem, enquanto ser único, e do materialismo.

O pensamento de Camus, pautado na teoria do absurdo da condição humana, que constatou no mundo o caos e a irracionalidade, ao invés da coroação da ordem e da razão, preceituou que a saída para esta situação deveria ser a revolta, enquanto filosofia de vida, que permitiria ao homem, ciente dos seus direitos, reconhecer o outro como seu semelhante e a partir desta relação entre homens promover a única saída para tal paradoxo – a solidariedade.

Albert Camus nasceu na Cidade de Mondovi, Argélia, em 7 de novembro de 1913. Filho de Pai de origem francesa e mãe de origem marroquina,   teve uma infância paupérrima. Ficou órfão de pai, morto na batalha de Marne, na 1ª Grande Guerra, passando a conviver somente com sua mãe e a  avó, após a morte de seu irmão mais velho, vivendo os três em uma pequena habitação na cidade de Argel. Não obstante as severas dificuldades financeiras, Camus conseguiu levar seus estudos em diante por incentivo de Louis Germain, que o ajudou a ingressar no Liceu de Argel, e, posteriormente, por Jean Grenier, que o apoiou até graduar-se em filosofia.

Camus não seguiu a carreira docente, pois as crises recorrentes e agudas de tuberculose lhe retiraram tal possibilidade, porém, não parou de trabalhar.  Ajudou na fundação do Jornal Alger Républicain, em 1938, bem como posteriormente, e até 1947 escreveu para o Jornal de Resistência, chamado  Combat e escrevia, também, para o Jornal Paris-Soir.

Camus começou a escrever muito jovem, contando apenas 22 anos. Neste período finalizou diversos ensaios que formaram o livro     “o avesso e o direito” (1935), bem como a partir de então todos os demais escritos, romances, ensaios, peças de teatro, que sempre versaram sobre os seus temas centrais – o absurdo e a revolta.

Camus foi consagrado pela indicação do Nobel de Literatura em 1957, pelo romance O Estrangeiro.

 A primeira mensagem que se extrai da obra de Camus é a de como podemos retirar das situações mais negativas da vida a lição e a razão para modificá-las.[2]

Neste contexto, o absurdo nasce da relação entre o homem e o mundo, do confronto entre as necessidades racionais do homem e a irracionalidade do mundo.

Camus defende que o homem deve viver o absurdo de forma lúcida e, a partir dessa constatação, buscar saídas para o dilema em que se encontra de um lado a própria existência, a beleza, a felicidade, a verdade e de outro lado, a precariedade de cada um destes estados.

A revolta, portanto, seria a saída. O grande NÃO dado pelo homem à sua condição absurda.

A revolta, em última análise, seria a descoberta pelos homens quanto a existência de outras pessoas em exatas condições – seus irmãos –  constatação esta que impeliria o  homem, então revoltado, a abandonar o seu egoísmo, dando as mãos ao seu semelhante. Deste ponto de vista, assevera Camus: a solidariedade humana é uma certeza filosófica.

Neste contexto, extraímos que Camus, como a maioria dos pensadores existencialistas, era ateu e sua teoria do absurdo em muito se deu pela concepção engessada da finitude da vida humana. Disse ele em o “Mito de Sísifo”:

“O absurdo, que é o estado metafísico do homem consciente, não conduz a Deus. Talvez essa noção se esclareça se eu arriscar esta enormidade: o absurdo é o pecado sem Deus.” [3]

Camus, não concebia um mundo criado por Deus que ao mesmo tempo guarnecesse as injustiças e mortes sangrentas, especialmente, quando crianças, que no seu entender seres inocentes, morriam em tenra idade.

Em uma célebre passagem do romance A peste, diante da agonia de uma criança consumida pela dor, o personagem Padre Paneloux tenta apaziguar a revolta do Dr. Rieux, dizendo: “isto é revoltante porque excede os nossos limites. Mas talvez devamos amar o que não podemos entender”. Rieux se agita e responde: “Não, padre. Tenho do amor outra ideia. E recusarei até a morte amar essa criação que tortura as crianças.”[4]

 No romance  A peste, vislumbra-se o absurdo através da vida mecânica e automática, vivida pelos personagens. A crônica se ambienta numa cidade qualquer da costa argelina. Uma cidade medíocre, cujos habitantes também eram medíocres. Em determinado momento, a cidade é assolada pelo flagelo da peste. Neste contexto, a cidade fecha as suas fronteiras para o externo – o mal – a fim de conter a peste que parece não dar trégua alguma.

A vida dos habitantes de Oran; o flagelo que vitimiza as pessoas levando-as à morte de forma dolorosa e miserável, apartando-as dos seus familiares; as pessoas sitiadas e afastadas de seus familiares; são todos retratos identificadores da condição absurda, no entender de Camus.

Nesse romance, as personagens personificam o homem camusiano, e  citamos alguns como o médico Dr. Rieux que vive a sua vida sem afastar-se da sua essência, que era a ética, a honestidade e concretude, valores estes que lhe permitiam arregaçar as mangas para ajudar seu semelhante; Raymond Rambert, por sua vez, personifica o gérmen da fraternidade, quando desiste de tentar subornar as autoridades para sair da cidade e ir ao encontro de sua amada em Paris, tornando-se agente sanitário lidando incansavelmente com todo o contingente de cadáveres que iam se amontoando no decorrer do flagelo – é deste personagem a célebre frase: “Sim, diz Rambert, mas pode existir a vergonha de ser feliz sozinho”.

Conclui-se que a tônica do homem revoltado é a incorporação moral da sua  responsabilidade, não ignorando jamais  a infelicidade dos outros homens.

Em suma, extraímos deste romance o quanto as necessidades, as catástrofes, os excessos, as perdas, tem o poder de transformar os sentimentos e como as pessoas aparentemente medíocres e vazias, revelam-se em toda a sua grandeza.

Camus acreditava no homem acima de tudo.

Ressalta-se, ainda, que outra leitura do romance “A Peste” é possível, pois Albert Camus  alegoricamente faz sua crítica da ocupação nazista em Paris, utilizando a peste como simbologia da ocupação e a cidade de Oran enclausurada, a própria França sitiada pelos alemães.

Camus, bem como, os demais pensadores, ditos existencialistas, testemunharam um momento da História em que o homem matou, sistematicamente, outros homens. A indignação não se deu pelo ineditismo, uma vez que outros genocídios já haviam ocorrido  anteriormente, mas a humanidade, supostamente desenvolvida intelectualmente, sob a luz da ciência, acabou propiciando à elite pensante a percepção cruel da natureza humana e, por consequência,  desenvolvendo linhas de pensamento bastante pessimistas e descrentes das transcendentes possibilidades humanas, pois se evidenciou quão daninhos podem ser os seres, seja por conta da intolerância religiosa e/ou racial, postulando a supremacia pessoal, e, consequentemente, o poder político e econômico, estatuindo regimes nefandos e, usando a ciência com vistas a mortandade.

No prefácio de “É isto um homem?”, Primo Levi, protagonista daqueles que foram segregados, vilipendiados e mortos, assim se manifesta acerca de uma razão para o assassínio ocorrido contra os judeus:

 “Muitos, pessoas ou povos, podem chegar a pensar, conscientemente ou não, que cada estrangeiro é um inimigo. Em geral, essa convicção jaz no fundo das almas como uma infecção latente; manifesta-se apenas em ações esporádicas e não coordenadas; não fica na origem de um sistema de pensamento. Quando isso acontece, porém, quando o dogma não enunciado se torna premissa maior de um silogismo, então como último elo da corrente, está o Campo de Extermínio. Este é o produto de uma concepção do mundo levada às suas últimas consequências com uma lógica rigorosa. Enquanto a concepção subsistir, suas consequências nos ameaçam. A história dos campos de extermínio deveria ser compreendida por todos como sinistro sinal de perigo.”[5]  

 Porém, o pensamento de Albert Camus discrepou dessa descrença total quanto à condição humana, indo além. Defendia que a despeito da total  absurdidade, e deste estranhamento do homem frente ao mundo,  o próprio homem chegaria ao momento em que se cansaria e se perguntaria o porquê de tudo isso, e, neste momento, cessariam os atos de uma vida mecânica, degradante e injusta, inaugurando-se ao mesmo tempo o movimento da consciência.[6]

Camus defendia que a falta de sentido da vida não tem o condão de aniquilar o amor por esta vida, pelo contrário, o amor pela vida se estabelece no exercício da ética que nos levará a uma moral calcada em princípios de honra, justiça e liberdade, possibilitando assim que o homem sofra menos e seja mais feliz.

O homem revoltado ama a vida, e enxerga o outro homem de forma concreta e não abstratamente, por isso defende que somente através da solidariedade entre os homens, a condição humana poderia vir a se dignificar.

Camus negou o Deus cristão, pois no seu entender: “O Cristianismo histórico não respondeu a este protesto contra o mal a não ser por meio do anúncio do reino, depois pelo da vida eterna, expectativa que exige fé. Mas o sofrimento desgasta a esperança e a fé; por isso se mantém solitário e sem explicação. As multidões trabalhadoras, cansadas de sofrer e de morrer, são multidões sem Deus. O nosso lugar é, a partir de então, junto delas e longe dos antigos e novos doutores.”[7]

A negativa de Deus e a ausência de fé não se sustentaram em Camus, pois este buscou refúgio em ensinamentos perpetrados pelo Reverendo Howard Mumma, que serviu como Reverendo na Igreja Americana de Paris, no inicio da década de 50.

Foram diversos encontros em que Camus e o Revendo metodista Howard conversaram sobre Deus e a conquista da fé e, nestes diálogos, firmou-se uma sincera e profunda amizade, além de tais conversas nos brindarem com diversas citações de variados filósofos, descrição de mitos e passagens bíblicas.

Percebemos o quanto Camus buscava o caminho de retorno ao Pai, ainda que de forma resistente em relação a sua consciência e hesitante em relação ao seu coração.

Ele estava em desespero, conforme asseverou Howard Mumma, pois todo o arcabouço do seu pensamento, ainda que instado a ir além dos seus pares, elevando a solidariedade humana ao grau da excelência no sentido do exercício da fraternidade entre os homens, não foi o suficiente para tirar do coração de Camus a sensação de finitude e desamparo.

Essa busca iniciou-se após as influências recebidas por Camus da trajetória  de Simone Weil, mística e filósofa francesa, no sentido de lhe mostrar concretamente, como o amor a Deus pode moldar o homem fora do âmbito do cristianismo histórico.

Claro que faltou a Camus o percepção do transcendente e do divino inerentes ao homem, mas os estudos que Camus empreendeu no final de sua vida foram debruçados sobre o velho e novo testamento, e lhe renderam  insights profundos sobre vários pontos, inclusive sobre a célebre passagem em que em que Jesus disse à Nicodemos, “você precisa nascer de novo”. Camus queria entender, como Nicodemos o que seria o nascer de novo.

Este livro de memórias do então Reverendo já contando com quase noventa anos de idade[8], por ocasião da sua publicação, nos permite confirmar a profunda impressão que vários leitores de Camus possuem quando leem seus livros, pois salta das paginas, espraiada em cada fala de seus personagens, em cada sentença, em cada descrição da natureza, o principal caminho do homem que é a busca pelo sagrado.

Camus morreu em um acidente de carro em 4 de janeiro de 1962, deixando inacabada a sua obra, porém, creio que se tal infortúnio não tivesse ocorrido, permitindo que Camus vivesse ainda mais entre nós, talvez tivéssemos presenciado a evolução de um pensamento, que poderia ter transposto os engessados paradigmas do século XX rumo ao entendimento da perfeita conexão divina existente entre o homem e o criador, a transposição de um pensamento ateu a um pensamento gnóstico.

Frei Betto, prefaciando a edição brasileira do referido livro de Mumma, assim falou:  “ao resgatar de sua memória as conversas que teve com o autor de O homem revoltado, Mumma nos traz nesta obra um retrato da subjetividade de Camus, introduzindo-nos em temas que interessam a todos que acreditam que a abertura a Deus é inerente ao ser humano, ainda que não seja consciente.”

 Camus, em discurso para uma plateia de cristãos, em 1946, declarou: “Não parto do principio de que a verdade cristã é ilusória. Simplesmente nunca penetrei nela”.  Mas a necessidade, latente, se fez presente a partir da década de 50 e Camus de fato penetrou nesta verdade, encontrando a centelha de sua fé, até então adormecida.

Infelizmente, Camus morreu muito jovem, e não pode coroar o seu pensamento com a conclusão de que o homem possui natureza divina e força motriz calcada na fé e, que tais fundamentos, nos permitem transpor todos os obstáculos – desertos, rios, oceanos, vales e montes das nossas existências  para que possamos chegar ao nosso gólgota pessoal com a certeza que cumprimos o nosso dever para conosco e concomitantemente ao próximo.

Camus falava sobre solidariedade entre homens e esta condição nos remete à caridade cristã, que por sua vez, aproxima-se da caridade espírita, que é, acima de tudo, um dever moral de todo homem e que não se resume apenas ao auxílio material.

Allan Kardec, perguntou aos Espíritos, na questão 886, do Livro dos Espíritos:

“886. Qual o verdadeiro sentido da palavra caridade, como a entendia Jesus?

Benevolência para com todos, indulgência para com as imperfeições dos outros, perdão das ofensas.”

A caridade, portanto, reflete o princípio cristão fundamental de amor mútuo entre todos, independentemente da situação em que se encontrem, tendo aplicação no âmbito moral e material.

Feitas tais considerações preliminares, podemos ousar e correlacionar que Albert Camus, aquele que já defendia que entre os homens seria  imprescindível haver amor mútuo, independente de classe social, credo ou raça, em algum nível, correlacionou-se com a Doutrina Espírita, ainda que jamais tenha havido qualquer contato, pelo menos sabido pelo grande público, com o arcabouço doutrinário elaborado por Allan Kardec.

Devemos sim, trazer a lume, os dizeres do Espírito de Albert Camus, que da erraticidade nos transmitiu um pouco mais dos seus ensinos, pela mediunidade de Nora T.M.N. Sakamoto, conforme o prefaciado pelo mesmo na obra – “Pensamentos sobre o Ser”:

 “Estes pensamentos, que tive o ímpeto de traduzir para o papel, não contém a Verdade, mas o que alguém já pode pensar sobre ela. Proponho, com isso, a troca de ideias com os encarnados e jamais a imposição das minhas. Faço isto porque creio mais do que nunca na comunhão entre os seres, na comunhão de ideais (não ideias, muitas vezes) e na fraternidade. Creio cada vez mais na importância de nos conhecermos e a tudo o que nos cerca, para reverenciarmos com mais firmeza nosso Criador. Creio na urgência de nos amarmos infinitamente como forma única de agradecermos com dignidade Àquele que nos criou. Buscar o aprimoramento é compartilhar da Criação Divina, amar indistintamente é perpetuá-la.”

 Depreende-se a fidedignidade dessas palavras como todo o acervo de Camus, que pode ao deparar-se com a sua condição espiritual, perceber  que o absurdo da vida material é o desafio e a grande escola, e que a revolta filosófica é de fato a saída, ou seja, o exercício dos ensinamentos cristãos.

Camus continua, em Espírito, a sua busca, vejamos a seguinte citação do referido livro:

 “A evolução é um processo; a meta é a perfeição; o burilamento é o caminho. Todos estão em todos, essa a grande responsabilidade, todos têm um pouco de todos”[9]

 Assim, na esteira de todos os Espíritos iluminados que nos trazem seus ensinos, cumpre-nos a fim de finalizarmos esta dissertação, a citação de Paulo, o apóstolo, constante do Evangelho Segundo o Espiritismo[10]:

 “Meus filhos, na máxima: Fora da caridade não há salvação, estão encerrados os destinos dos homens, na Terra e no céu; na Terra, porque à sombra desse estandarte eles viverão em paz; no céu, porque os que a houverem praticado acharão graças diante do Senhor. Essa divisa é o facho celeste, a luminosa coluna que guia o homem no deserto da vida, encaminhando-o para a Terra da Promissão. Ela brilha no céu, como auréola santa, na fronte dos eleitos, e, na Terra, se acha gravada no coração daqueles a quem Jesus dirá: Passai à direita, benditos de meu Pai. Reconhecê-los-eis pelo perfume de caridade que espalham em torno de si. Nada exprime com mais exatidão o pensamento de Jesus, nada resume tão bem os deveres do homem, como essa máxima de ordem divina. Não poderia o Espiritismo provar melhor a sua origem, do que apresentando-a como regra, por isso que é um reflexo do mais puro Cristianismo. Levando-a por guia, nunca o homem se transviará. Dedicai-vos, assim, meus amigos, a perscrutar-lhe o sentido profundo e as consequências, a descobrir-lhe  por vós mesmos, todas as aplicações. Submetei todas as vossas ações ao governo da caridade e a consciência vos responderá. Não só ela evitará que pratiqueis o mal, como também fará que pratiqueis o bem, porquanto uma virtude negativa não basta: é necessária uma virtude ativa. Para fazer-se o bem, mister sempre se torna a ação da vontade; para se não praticar o mal, basta as mais das vezes a inércia e a despreocupação.

Meus amigos  agradecei a Deus o haver permitido que pudésseis gozar a luz do Espiritismo. Não é que somente os que a possuem hajam de ser salvos; é que, ajudando-vos a compreender os ensinos do Cristo, ela vos faz melhores cristãos. Esforçai-vos, pois, para que os vossos irmãos, observando-vos, sejam induzidos a reconhecer que verdadeiro espírita, e verdadeiro cristão são uma só e a mesma coisa, dado que todos quantos praticam a caridade são discípulos de Jesus, sem embargo da seita a que pertençam. – Paulo, o apóstolo. (Paris, 1860.)” 

 

Bibliografia:

.  CAMUS, Albert. A peste. Editora Record, Rio de Janeiro, 1993.

  • CAMUS, Albert. O homem revoltado. Editora Livros do Brasil – Lisboa.
  • CAMUS, Albert. O Mito de Sísifo. Editora Guanabara.
  • CAMUS, Albert – pelo mediunidade de Nora T.M.N. Sakamoto. Pensamentos sobre o ser. Casa Editora o Clarim. Matão.
  • KARDEC, Allan. O evangelho segundo o espiritismo: com explicações das máximas morais do cristo em concordância com o espiritismo e suas aplicações às diversas circunstâncias da vida. Tradução de Guillon Ribeiro. 120. ed. Rio de Janeiro: Federação Espírita Brasileira, 2002.
  • MUMMA Howard. Albert Camus e o teólogo. Carrenho Editorial, São Paulo, 2002.
  • LEVI. Primo, É isto um homem. Editora Rocco, 3ª edição.
  • BARRETO, Vicente. Camus – vida e obra. Editora Paz e Terra -2ª edição.

 


[1] CAMUS, Albert. A peste. Editora Record, Rio de Janeiro, 1993, pág. 33

[2] BARRETO, Vicente. Camus – vida e obra. Editora Paz e Terra -2ª edição.

[3] CAMUS, Albert. O Mito de Sísifo. Editora Guanabara, pág 58

[4] CAMUS, albert. A peste. Editora Record,

[5] LEVI. Primo, É isto um homem. Editora Rocco, 3ª edição.

[6] CAMUS, Albert. O Mito de Sísifo. Editora Guanabara, pág. 32.

[7] CAMUS, Albert. O homem revoltado. Editora Livros do Brasil – Lisboa, pág.409

[8] MUMMA Howard. Albert Camus e o teólogo. Carrenho Editorial, São Paulo, 2002

[9] Camus, Albert – pelo mediunidade de Nora T.M.N. Sakamoto. Pensamentos sobre o ser. Casa Editora o Clarim. Matão, pág. 76

[10] KARDEC, Allan. O evangelho segundo o espiritismo: com explicações das máximas morais do cristo em concordância com o Espiritismo e suas aplicações às diversas circunstâncias da vida. Tradução de Guillon Ribeiro. 120. ed. Rio de Janeiro: Federação Espírita Brasileira, 2002. p. 315-317.

Pesquisadora e Redatora: CRISTIANE APARECIDA REGIANI GARCIA.

DEIXE UMA RESPOSTA

Deixe seu comentário
Digite seu nome