Deolindo Amorim nasceu na cidade de Baixa Grande, Bahia, em 23 de janeiro de 1906, falecendo no Rio de Janeiro em 24 de abril de1984. Espírita, foi jornalista, escritor e conferencista. Notabilizou-se pela defesa intransigente do conceito de Espiritismo numa época em que a Doutrina dos Espíritos era confundida com os cultos afro-brasileiros, no Brasil e no exterior.
Árduo trabalhador espírita, já nasceu com a alma pincelada com as luzes do Espiritismo, o que o tornou escritor de vários livros sob a temática filosófica. Admirador de Léon Denis, pertenceu à geração dos grandes pensadores espíritas brasileiros, como José Herculano Pires e Carlos de Brito Imbassahi.
“A concepção espírita de espiritualismo, partindo de uma base experimental – o fenômeno – e formando um corpo de doutrina, que, embora seja também reencarnacionista, apresenta particularidades diferentes das outras doutrinas do mesmo ramo. (…) Se, apesar da generalidade dos fenômenos, o Espiritismo é a Doutrina Espírita, e quem o diz é Allan Kardec, é lógico afirmar, forçosamente, que o fenômeno sem a Doutrina Espírita, seja na Umbanda, seja onde for, não é Espiritismo (leia-se a introdução de O Livro dos Espíritos) (…) O Espiritismo define o fenômeno, adota o método experimental, separa o que é animismo e o que é comunicação ou manifestação de Espírito desencarnado, metodiza o desenvolvimento da mediunidade e, por fim, estabelece conclusões lógicas. Fá-lo, porém, com alta preocupação filosófica, deduzindo consequências morais de repercussão benéfica no espírito humano.” (Excertos de “O Espiritismo e as Doutrinas espiritualistas”, Deolindo Amorim, pgs.38, 80,81; ed. CELD, Rio de Janeiro, 1992).
“Um dos mais ardorosos defensores das obras codificadas por Allan Kardec e profundo admirador de Léon Denis, foi presidente do Instituto de Cultura Espírita do Brasil”, por ocasião de seu pioneirismo em criar métodos didáticos para a difusão espírita.
Foi um dos primeiros palestrantes espíritas a proferir conferências no meio acadêmico, no Instituto Pinel da Universidade do Brasil, focalizando o tema: “O Suicídio à luz do Espiritismo” e na Faculdade de Direito do Catete, no Rio de Janeiro, sobre “Espiritismo e Criminologia”.
A sua posição de defensor dos princípios espíritas e do corpo doutrinário espírita o identifica como um dos mais profundos estudiosos e pensadores do Espiritismo no Brasil, legando às gerações posteriores o seu acêrvo de livros que o destacam em meio a tantos outros autores de seu tempo e dos tempos atuais, pois sua obra é atemporal.
Títulos de livros escritos pelo autor, dentre outros:
- O Espiritismo e as Doutrinas Espiritualistas (1957)
- Africanismo e Espiritismo
- O Espiritismo e os Problemas Humanos (1981) – obra concluída com a colaboração de Hermínio C. Miranda
- O Espiritismo à Luz da Crítica
- Espiritismo e Criminologia
Fontes:
Contra-capa do Livro “O Espiritismo e os problemas Humanos”, de autoria de Hermínio C. Miranda; Wikipédia.
Foto: http:// confrariadoconsolador
Pesquisa: Sonia Theodoro da Silva.