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Plágios, Mediunidade e Relacionamentos

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Sonia Theodoro da Silva

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José Herculano Pires, em sua obra “Curso Dinâmico de Espiritismo”, lançado na década de 80 em São Paulo, colocava um sub-título: “O grande desconhecido”. O grande e digno representante de nossa Doutrina dizia, à época, da necessidade de estudarmos em detalhes, e profundamente, o Espiritismo, visto que as interpretações pessoais e desprovidas de conteúdo crítico coerente e consentâneo com as diretrizes traçadas pelos Espíritos, Superiores em evolução, poderiam nos levar a caminhos de difícil retorno no campo das considerações de ordem filosófica e religiosa, alimentando em sentido inverso, o materialismo e o niilismo dos dias atuais. Dizia Herculano:

“O Espiritismo é uma doutrina moderna, perfeitamente estruturada por um grande pensador, escritor e pedagogo francês, homem de letras e ciências, famoso por sua cultura e seus trabalhos científicos e que assinou suas obras espíritas com o pseudônimo de Allan Kardec. Saber isso já é saber alguma coisa a respeito, mas está muito longe de ser tudo. Doutrina complexa, que abrange todo o campo do Conhecimento, apresenta-se enquadrada na sequência epistemológica de :

a) Ciência: como pesquisa dos chamados fenômenos paranormais, dotadas de métodos próprios, específicos e adequados ao objeto que investiga, tendo dado origem a todas as ciências do paranormal (…)

b) Filosofia: como interpretação da natureza dos fenômenos e reformulação da concepção do mundo e de toda a realidade segundo as novas descobertas científicas. Aceita no plano filosófico, consta do Dicionário Filosófico do Instituto de França. No Brasil, reconhecido pelo Instituto Brasileiro de Filosofia (…)

c) Religião: como consequência das conclusões filosóficas, baseadas nas provas da sobrevivência humana após a morte e nas ligações históricas e genésicas do Cristianismo com o Espiritismo; considerada como a Religião em Espírito e Verdade, anunciada por Jesus (…) ”

Poderíamos continuar, mas seria cansativo para o nosso leitor, ávido de rápidas conclusões. Preferimos remetê-lo ao estudo da obra em análise, agora em nova edição. A solução, portanto, está e estará sempre na necessidade de buscarmos as respostas para as grandes e pequenas questões atuais, na própria fonte, como sugere Herculano, nas obras da Codificação. E, sobretudo, contarmos com os comentários alusivos a essas questões, nos escritores sérios e interessados no grande objetivo do Espiritismo, que é respaldar o Mundo Moral de Regeneração, que ora projeta o seu horizonte, poderia dizer Herculano, Horizonte da Razão e do Amor, ou a Aristocracia do Pensamento Intelectual e Moralmente desenvolvido, como queria Kardec, à humanidade de nossos tempos.

Portanto, os atuais meios de comunicação (não-espíritas) devem ser esclarecidos e devidamente conduzidos quanto aos verdadeiros objetivos do Espiritismo, mas sobretudo, de que ao nosso meio, o espírita, não é fator de destaque o desenvolvimento de polêmicas, e sim, o de darmos sequência ao Plano Divino da Criação, que nos faz, a todos, seus instrumentos de realização e concretização na Terra.

Ouvimos em várias ocasiões pessoas e até companheiros no movimento espírita mundial desenvolvendo “temas polêmicos”, como se fosse imprescindível lançá-los, principalmente diante do grande público, sob a ótica espírita. Kardec, ao lidar com o Crítico, o Religioso e o Cético, no famoso diálogo atemporal na obra “O que é o Espiritismo”, lida de forma magistral com as abordagens que visavam desestabilizar – como se isso fosse possível – as bases da Doutrina. E dialoga de forma tranquila, serena, jamais enfocando o sensacionalismo, jamais enfatizando o escândalo, ou as asperezas de nossa personalidade instável nos campos da Terra e ainda em burilamento, mas sobretudo fazendo-nos entender a necessidade de estudar, analisar, pesquisar, e educar a nossa análise crítica nos padrões da ética e da moral de Jesus. A nós não importa a visão atual do “escândalo” da alegoria do Mestre, travestido de “polêmica”, mas sim a discussão sadia, a análise criteriosa, enfim, a decodificação dos tempos atuais sob a visão ampla e equilibrada que o Espiritismo nos proporciona.

O Espiritismo também conta com dignos representantes, na pessoa do manso mas firme Chico Xavier, bem como com centenas de milhares de anônimos ou meio-anônimos que trabalham para que o Conhecimento apoiado na prática da Fraternidade e Caridade legítimas, possa dar seguimento ao Plano Divino para a Criação. Trabalhemos e estudemos e amemos, pois há muito ainda por fazer.

Bibliografia: Além das citadas, veja-se Instruções Psicofônicas, psicografia de Francisco C.Xavier.

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